quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

CRIAÇÃO DA VILA DE CACHOEIRA COMPLETA 313 ANOS

Neste sábado (29  de janeiro) completam-se 313 anos de fundação da Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira. Foi em 29 de janeiro de 1698 que o Desembargador Estevão Ferraz de Campos - enviado  pelo Rei de Portugal,  D. Pedro II,  especialmente para o ato - presidiu a solenidade de instalação da vila. Era o reconhecimento  pela Coroa Portuguesa de que o povoado encravado no Vale do Rio Paraguaçu  se constituía num dos principais centros econômicos da Bahia, com seus engenhos  produzindo açúcar,  uma das principais riquezas do Brasil Colonial.  Cachoeira já era uma freguesia desde 18 de fevereiro de 1674,  durante o período em que o Bispo  Dom João  Franco, governava a Diocese do Brasil, cuja sede era em Salvador.

Cachoeira e sua paisagem colonial, em desenho de Tom Maia

Na época da criação da vila governava a Bahia D. João de Lencastre, a quem coube a missão de acolher o desembargador, enviado pelo Rei de Portugal D. Pedro II. 

O 24º Rei de Portugal, D. Pedro II, criou a Vila de Cachoeira
 Este blog homenageia Cachoeira nessa data histórica  reproduzindo a ata de instalação da vila.  O documento "Termo de Criação da Vila da Cachoeira, por ordem de El Rey" foi publicado primeiramente por Inácio Acioli, em Memórias Históricas e Políticas da Bahia, anotadas por Braz do Amaral. Esta cópia encontra-se no Livro da Câmara de Cachoeira, página 3, verso, e foi autenticada pelo Secretário da Prefeitura de Cachoeira, Antonio Lopes de Carvalho Sobrinho, a 29 de abril de 1891.  Também foi publicada por Antonio Loureiro de Souza em Notícia Histórica da Cachoeira (edição da UFBA, 1972)


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

TERREIRO DE CANDOMBLÉ DE CACHOEIRA É TOMBADO PELO IPHAN

O tombamento do terreiro de candomblé Jeje Zogbodo Male Bogum Seja Unde, mais conhecido como Terreiro da Roça do Ventura, em Cachoeira,  foi o reconhecimento do local como sítio de relevante importância religiosa, cultural,  histórica e etnográfica.  O tombamento, feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (PHAN) e publicado no Diário Oficial da União do último dia 10 de janeiro,   vai proteger o terreiro de ameaças como  a ocupação irregular de áreas do seu entorno. A notícia  foi destaque na edição do jornal A TARDE do dia 22 de janeiro de 2010.  

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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O CENTENÁRIO DA ESCRITORA CACHOEIRANA "NOLA ARAÚJO"

 Vai ser realizada na próxima segunda-feira (24 de janeiro) a cerimônia comemorativa do centenário de nascimento da escritora cachoeirana Nola Araújo (1911-2004 ).  O ato, organizado  por familiares, vai ser às 17h no Instituto Feminino da Bahia, no bairro do Politeama em Salvador, conforme programação que consta do convite abaixo :
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Nola - nascida Georgeta Motta Pereira - Araújo (sobrenome adquirido com o casamento, de que resultou quatro filhos: Antonio Octávio, Dinorah, Almíria e Luiz) era a quinta dos nove filhos  do casal Ricardo Vieira Pereira e Georgeta Motta Pereira. Era neta, pelo lado materno, do jornalista Augusto Motta, fundador do jornal O Guarany. Tinha como irmãos, entre outros, o deputado Augusto Públio Pereira (1907-1960) e a educadora Olga Pereira Mettig (1914-2004).  Escreveu os romances  Beijo D'Água e Careta,  ambos tendo Cachoeira como cenário. É autora também de Crônicas de um Tempo, coletânea de artigos que publicou no jornal A TARDE, e Expressão (poesia). Toda o conjunto de sua obra, de cunho predominatemente memorialista, privilegia valores que cultuou ao longo de toda a vida: o  amor pelas artes e pelas letras e a atenção aos usos, costumes e à cultura de sua terra natal, tão rica em folclore e tradições.
Em suas obras, Nola Araújo  sempre  esteve atenta às raízes culturais do Recôncavo e  abordou aspectos da história de Cachoeira, como o livro Beijo D´Água . 

 Outro exemplo é a crônica que abaixo reproduzimos, do ano de  1987.  Nola Araújo evoca  lembranças de um dos mais simbólicos festejos cachoeiranos, o de  Nossa Senhora da Boa Morte. A festa é realizada por mulheres negras descendentes de escravas e que cultuam a tradição católica da Assunção de Nossa Senhora.  

 


sábado, 15 de janeiro de 2011

MARAGOJIPE ATENDE PEDIDO DE CACHOEIRA E TAMBÉM ACLAMA DOM PEDRO "DEFENSOR PERPÉTUO DO BRASIL"

D. Pedro foi aclamado Defensor Perpétuo do Brasil
 Em 29 de junho de 1822 a Câmara da Vila de Maragojipe  atendeu a um apelo da Câmara de Cachoeira e aclamou o Príncipe Regente, Dom Pedro de Alcântara, Defensor Perpétuo do Brasil. Era a adesão da vila à causa da independência do Brasil. Quatro dias antes, em 25 de Junho, Cachoeira havia feito a aclamação e no mesmo dia a vila foi bombardeada por uma embarcação canhoneira portuguesa, ancorada no Rio Paraguaçu. Os cachoeiranos reagiram, tomaram a barca de assalto e prenderam  toda a tripulação, que fora  enviada pelo General Madeira de Melo, comandante militar da Bahia,  justamente para reprimir qualquer tentativa  de proclamar o Príncipe Regente. Foi o início da luta armada pela Independência do Brasil, criando-se na vila uma Junta Provisória que enviou correspondência  às demais vilas da Província para que também aclamassem o Príncipe Regente.

As câmaras das vilas coloniais tiveram papel relevante e decisivo no processo de independência do Brasil. Através delas foi manifestada a vontade do povo, do clero, dos  senhores de engenho, comerciantes, militares e sobretudo das lideranças políticas das respectivas províncias. Na Bahia, o passo inicial foi dado na Vila de Santo Amaro da Purificação, em 14 de junho de 1822, quando a Câmara  local se reuniu em sessão extraordinária para responder a uma carta-consulta enviada pelos  deputados baianos nas Cortes de Lisboa. Os constituintes baianos indagavam às câmaras das vilas baianas  que forma de governo deveria ser determinada para o Brasil e Santo Amaro aprovou a proposta de um centro de poder político sediado no Rio de Janeiro. 

A aclamação pela Vila de São Bartholomeu  de Maragojipe  foi  uma das primeiras consequências da atitude  dos cachoeiranos e significou também o rompimento com  Portugal.  Eis a ata da sessão histórica, publicada na Gazeta do Rio de Janeiro,  em 10 de setembro de 1822, exatamente três dias depois da Proclamação da Independência,  feita  por Dom Pedro em São Paulo. Na Bahia, os portugueses reagiram à Independência, que só foi consolidada em 2 de Julho de 1823, após um ano de batalhas em terra e mar.   

(É livre a transcrição mas pede-se que, por honestidade, seja citada a fonte) 

 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

CACHOEIRA, 40 ANOS DE TOMBAMENTO

O aniversário de 40 anos do decreto presidencial 68.045/71 considerando Cachoeira "Cidade Monumento Nacional" foi comemorado com uma sessão especial na Câmara de Vereadores, na noite do dia 13 de janeiro. Foram feitas homenagens a diversas personalidades, algumas já falecidas, que tiveram participação no processo de tombamento. Houve também relatos emocionados de testemunhas daquele momento histórico.
Outra lembrança dos 40 anos do tombamento de Cachoeira foi um artigo especial, escrito pelo editor deste blog, e publicado no jornal A TARDE, edição do dia anterior.    

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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

HÁ 40 ANOS CACHOEIRA ERA TOMBADA COMO "CIDADE MONUMENTO NACIONAL"

O rico acervo arquitetônico de Cachoeira foi tombado há 40 anos
Há exatos 40 anos, em 13 de janeiro de 1971, Cachoeira era tombada, através de decreto presidencial, como Cidade Monumento Nacional. Era o reconhecimento de sua importância para a história do Brasil,  com papel relevante nas lutas pela Independência  e o início da valorização do seu patrimônio arquitetônico, artístico  e cultural. O próprio decreto reconhece  a necessidade urgente de ser assegurada proteção especial ao acervo arquitetônico da cidade, que fora capital da província  durante as lutas pela Independência do Brasil, ali iniciadas em 25 de Junho de 1822  e que culminaram a 2 de Julho  de 1823, com a entrada triunfante do Exército Patriótico Libertador na Bahia.  

Veja a seguir a íntegra do decreto de tombamento de Cachoeira, que foi publicado no dia 13 de janeiro de 1971, no Diário Oficial da União (DOU) Seção I Parte I  Página 259. 
  
  É LIVRE A TRANSCRIÇÃO MAS PEDE-SE QUE,
 POR HONESTIDADE, SEJA CITADA A FONTE

(clique nas imagens para facilitar a leitura)

 


A íntegra do decreto foi gentilmente fornecida ao blog pela Imprensa Nacional 
http://www.in.gov.br