sexta-feira, 21 de outubro de 2011

ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM CACHOEIRA É DISCUTIDO PELO CONSELHO MUNICIPAL

Na tarde do dia 31 de julho de 1890 o Conselho Municipal (denominação à época, da atual Câmara de Vereadores) de Cachoeira realizou uma sessão histórica, na qual foi discutida a implantação de um sistema de abastecimento de água e uma série de outros melhoramentos urbanos, como o "aformoseamento" de várias praças e o aterramento do Calabar (local atualmente conhecido como Campo da Manga, ao lado da sede do Tiro de Guerra), então um pântano mal-cheiroso onde era jogado todo o lixo da cidade e no qual  proliferavam ratos, baratas e urubus.  
A notícia foi divulgada no "Jornal de Notícias", de Salvador, em sua edição de 12 de agosto de 1890. A notícia está datada de 7 de agosto e foi enviada pelo correspondente do jornal em Cachoeira, Genésio Pitanga, que tinha na cidade uma livraria e papelaria. A notícia foi garimpada por este blog no Setor de Periódicos Raros da Biblioteca Pública da Bahia, onde há uma série de outras matérias a respeito de Cachoeira assinadas pelo jornalista.     

Jornal de Notícias (12/08/1890)
 Após enumerar as inúmeras vantagens do sistema, que colocaria,  na época,  Cachoeira como uma das cidades mais avançadas do Brasil, o Presidente do Conselho, Afonso Maciel,  apresentou o projeto com um grande mapa da cidade preso em uma das paredes da Sala de Sessões do Conselho.  Uma curiosidade: na época o Presidente do Conselho acumulava o cargo de Intendente (Prefeito). 

Afonso Glycério da Cunha Maciel foi o engenheiro que anos antes tinha sido o fiscal da obra de construção da Imperial Ponte Dom Pedro II. Ele deixou uma notável "Memória Descriptiva" da obra, relato pormenorizado dos aspectos técnicos, das  diversas etapas de construção e montagem dessa magnífica e desafiadora obra de engenharia. A construção da ponte foi dirigida pelo engenheiro  francês Frederico Merci. Os cachoeiranos eternizaram o  agradecimento a Afonso Maciel dando o nome dele a uma das praças mais importantes da cidade. 
Afonso Maciel foi também Presidente do Conselho Municipal de Salvador entre 1896-1897

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O LANÇAMENTO DE " O SEMEADOR DE ORQUESTRAS - História de um Maestro Abolicionista"

Sou suspeito para falar, mas sem falsa modéstia foi um sucesso o lançamento do meu livro "O SEMEADOR DE ORQUESTRAS - História de um Maestro Abolicionista", ocorrido na semana passada em Salvador,  na quinta-feira (13), e em Cachoeira, no sábado (15), durante a I Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA). Aproveito para agradecer a quantos compareceram e aos que, impossibilitados de estar presentes, mandaram-me mensagens de parabéns e estímulos. Quem estiver interessado em adquirir o livro pode procurar a loja "Pérola Negra", que fica na Rua Marechal Floriano, Canela (ao lado do Bompreço). O livro custa R$30,00 (trinta reais) e o CD que o acompanha, com músicas de Tranquilino Bastos custa R$20,00. A venda não é casada. A aquisição pode ser feita também pela Internet, no site da loja www.perolanegracd.com.br   

A seguir, algumas imagens dos lançamentos

Cecília Ferreira entrega, em nome da mãe (D. Morena Ferreira) a bengala que foi do Maestro e que vai integrar  o acervo do futuro  Memorial Tranquilino Bastos. Parte da renda auferida com a venda do livro e do CD será destinada a esse projeto.
Com minha filha Desirée e a amiga Claudiane
Em Cachoeira, autografando para a Senadora Lídice de Mata
Mateus Aleluia encantou os convidados, no lançamento em Salvador
O jornalista Cristiano Gobi aguarda o autógrafo
O sambista Nei Lopes, que foi à FLICA, recebe seu exemplar.