quarta-feira, 29 de maio de 2013

'TIGRE DE BENGALA" MATA DOMADOR EM PLENA FUNÇÃO DO CIRCO HAVANA E CAUSA PÂNICO EM CACHOEIRA

Uma tragédia ocorrida em Cachoeira, no ano de 1935, marcou a passagem do Circo Havana pela cidade. Em plena função, no meio do picadeiro, um "tigre de bengala" atacou o domador "Capitão Pedro Wilson" quando ele incitava o animal com chicote numa mão e segurando um arpão na outra. O acidente causou pânico entre a assistência, houve corre-corre desesperado de centenas de pessoas, entre elas certamente muitas crianças . O animal foi abatido a tiros pelos funcionário do circo mas já era tarde: o domador também estava morto, com o coração dilacerado pelas garras da fera. O fato, obviamente, causou uma grande comoção na cidade e chegou mesmo a alcançar divulgação nacional, conforme consta  da edição do Correio de São Paulo, em 02 de julho daquele ano. 
A matéria tenta descrever em minúcias o acidente, mas erra quando descreve a movimentação na cidade naquela noite fatídica. Na Praça Maciel (local onde na época eram armados os circos),  do lado de fora, segundo o jornal  estava tocando a philarmônica "Lyra de Prata. Certamente era  a Lyra Ceciliana.  












quarta-feira, 1 de maio de 2013

GRÁFICA E REDAÇÃO DO JORNAL "O GUARANY" SÃO ATACADAS E REDATOR É AGREDIDO PELA POLÍCIA

No dia 13 de março de 1891 um grave atentado à liberdade de imprensa foi praticado em Cachoeira contra o jornal "O  GUARANY", que teve a sua oficina gráfica invadida por forças policiais e um dos seus redatores agredidos pessoalmente pelo delegado municipal. O fato ganhou repercussão nacional, tendo sido divulgado pelo jornal "O BRASIL", editado no Rio de Janeiro, que no dia 19 reproduziu na íntegra artigo publicado pelo jornal "O ESTADO DA BAHIA". Em "O PEQUENO JORNAL" e no "DIÁRIO DE NOTÍCIAS", ambos de Salvador, também saíram matérias a respeito desse episódio. Na época, "O GUARANY" alinhava-se ideologicamente com o Partido Liberal, que rivalizava com o Partido Conservador, então no poder em âmbito estadual através do governador José Gonçalves. Certamente, daí a descrença em providências concretas, por parte das autoridades, para punir os responsáveis por esta "afronta". O jornal cita o governador e o Chefe da Polícia, Pedro Mariani, como co-responsáveis pelo atentado, apontando a prática de responder com atos de violência e usar a força pública para reprimir críticas de adversários políticos. Mas, ainda assim, reclama providências para garantir  a liberdade de expressão, direito assegurado na primeira Constituição da era republicana, que acabara de ser promulgada naquele mesmo ano.