quinta-feira, 10 de setembro de 2015

"AS GLÓRIAS DA CACHOEIRA", UM DOBRADO PARA PIANO COMPOSTO POR TRANQUILINO BASTOS




Em 1877 o maestro cachoeirano Manuel Tranquilino Bastos (1850-1935), fundador em 1870 da filarmônica Euterpe Ceciliana, atual  Sociedade Orpheica Lira Ceciliana, compôs um dobrado para piano com o título "As Glórias da Cachoeira", em evoca  e homenageia o papel da cidade e de seus filhos na guerra que consolidou a Independência do Brasil. A música foi executada pela Euterpe na festa do 25 de Junho, data magna da cidade, que lembra o dia em que no ano de 1822, a Vila aclamou o Príncipe Regente Dom Pedro de Alcântara como Defensor Perpetuo do Brasil e,  em represália,  foi bombardeada por uma barca canhoneira de Portugal, que estava ancorada no Rio Paraguaçu. Os cachoeiranos reagiram e tomaram a barca de assalto, iniciando ali a guerra para tornar o Brasil  independente. O passo seguinte foi a formação de um governo provisório, que aglutinou todas as vilas, para organizar a luta armada contra as tropas lusitanas que ainda dominavam Salvador. Após várias batalhas, a luta só terminou em 2 de Julho do ano seguinte quando o Exército Libertador conquistou Salvador, expulsando os portugueses.
Essa mesma epopeia foi lembrada por Tranquilino Bastos novamente cinquenta e cinco anos depois, quando em 1922, por ocasião do centenário do 25 de Junho compôs o Hino da Cachoeira.

A notícia da composição de As Glórias da Cachoeira foi veiculada no jornal A ORDEM, de Ramiro, Chagas. Era na época o principal jornal do interior da Bahia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça um comentário