segunda-feira, 12 de outubro de 2015

REFORMA FEITA EM 1928 DEVOLVEU À MAIS ANTIGA IGREJA DE CACHOEIRA A SUA CONCEPÇÃO ORIGINAL

Em 1928 foi realizada a última grande reforma da Igreja da Ajuda em Cachoeira. Erguida em 1687, em frente à casa-grande do engenho de açúcar da família Adorno - os primeiros colonizadores europeus - ela foi dedicada inicialmente à devoção a Nossa Senhora do Rosário. Em torno dela surgiu o povoado que deu origem à Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira,  erguida em 29 de janeiro de 1698 por Dom João de Alencastre, conforme ordem contida  na Carta Régia do Rei português D.João III. A reforma de 1928 trouxe de volta à Igreja a sua concepção arquitetônica original. O registro da reforma foi feito pelo jornal católica "Era Nova", publicado em Salvador. 


Eis o texto completo da reportagem:

Após a reforma feita em 1928 a Igreja da Ajuda voltou a ter a sua concepção arquitetônica original, mantida até hoje. (Foto: Lorena Moraes)



terça-feira, 6 de outubro de 2015

EM 1925 INOCÊNCIO BOAVENTURA, INTENDENTE DE CACHOEIRA, SOFREU UM ATENTADO À BALA

Em 7 de fevereiro de 1925 a cidade de Cachoeira foi abalada por uma notícia: o intendente (nome que era dado à época aos prefeitos) Inocêncio Boaventura foi baleado na Estrada do Capoeiruçu, na zona rural do município, quando se dirigia para sua fazenda. Apesar do impacto da notícia, logo se revelou que o crime não foi "político". O autor foi "Tinhô", um dos filhos do fazendeiro Antonio Cardoso, de Umburanas, um distrito de Feira de Santana e que,  por coincidência, ao ser emancipado anos mais tarde recebeu o nome de "Antonio Cardoso". O crime foi motivado por vingança, pois na sábado (dia da feira em Cachoeira, que atraía gente de toda a região) ele tivera, por ordem do prefeito Inocêncio Boaventura, a arma apreendida quando fazia arruaças na cidade. No próprio dia do atentado o governador o governador Góes Calmon dirigiu-se para Cachoeira, onde providenciou a remoção do ferido para Salvador e ordenou um reforço policial para a captura do autor do crime. Não houve distúrbios na cidade por causa do crime, embora admiradores do intendente tenham tentado capturar o criminoso para atos de vingança. Inocêncio Boaventura era bem conceituado na região, como médico, cidadão e político. Em Salvador, para onde foi levado de barco, ele foi operado e sobreviveu. Quando teve alta e ao retornar para Cachoeira foi recebido com foguetes e as duas filarmônicas (Lyra Ceciliana e Minerva Cachoeirana). Uma multidão se aglomerou  para aguardar a chegada do navio trazendo o intendente recuperado. A notícia do atentado foi divulgada, entre outros veículos, pelo "Diário de Notícias".