segunda-feira, 9 de novembro de 2015

UMA PROFESSORA INICIA AULAS DE PIANO EM CACHOEIRA

Em 1885 os cachoeiranos foram surpreendidos com um anúncio n'O AMERICANO, um dos jornais da cidade, em que Amélia da Silva Oliveira oferecia "ao público cachoeirano, especialmente aos srs pais de família" os seus serviços como professora de piano. Acredita-se que ela fosse cachoeirana, pois residia na Rua dos Três Riachos, mas o contato poderia ser feito também na loja "A Parisiense", que ficava na Rua de Entre Pontes (atual Ruy Barbosa), certamente um estabelecimento pertencente a seus familiares. Ela havia retornado à cidade após passar quatro anos na capital, onde havia se dedicado por quatro anos ao "estudo  mais aplicado e transcendente de piano com os melhores professoras daquella cidade" (sic). Cachoeira na época já se destacava como uma cidade de intensa atividade musical, pela existência de duas filarmônicas que se rivalizavam, a COMERCIAL (mais tarde rebatizada com o nome atual de Minerva Cachoeirana) e e EUTERPE CECILIANA (atual LYRA CECILIANA). Nelas pontificavam como criadores, regentes e professores os músicos Eduardo Franco e Manoel Tranquilino Bastos, respectivamente. Eles inclusive compunham peças em que era usada a combinação de vários instrumentos, especialmente o piano, o saxofone e a clarineta, formando um rico repertório. Essas criações eram bastante usadas na formação musical dos alunos da escola  que cada filarmônica mantinha  e que tão logo aprendessem as noções musicais e manejassem um instrumento passavam a integrar as bandas. Um curso de piano certamente muito contribuiu para fomentar a atividade musical na cidade. 



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